Desenvolva sua competência comunicativa!

Desenvolva sua competência comunicativa!

Olá, tudo bem?

✅ No post de hoje, vou compartilhar com você algumas dicas para aprimorar sua competência comunicativa. Independentemente do número de pessoas com as quais você se comunica, aplicar esse conteúdo será útil para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Por qual motivo tantas pessoas temem falar em público?

Quando perguntadas sobre seus maiores medos, boa parte das pessoas costuma citar o medo de falar em público. Isso não é por acaso. Somo seres sociais, gostamos de nos sentir pertencentes, aceitos e reconhecidos. Portanto, nosso desempenho ao falar em público, pode afetar nossa reputação, e é isso que as pessoas costumam temer.

Mas, também sabemos que a prática leva a uma boa execução. Se nunca fizermos, nunca nos sentiremos capazes. Além disso, existem algumas técnicas que, somadas a preparação para a apresentação, nos ajudam a diminuir o nervosismo e o medo do desconhecido. Claro, isso não se aplica a pessoas com fobia social ou que tenham vivenciado traumas ligados à rejeição. Nesses casos, assim como em outros mais específicos, pode ser necessário um apoio psicológico.

Por que investir no desenvolvimento desta habilidade?

A habilidade de comunicação é essencial em diferentes áreas de atuação. No contexto profissional, você a utilizará em diversas ocasiões, como por exemplo: apresentações profissionais, contato com clientes, palestras, entrevistas de emprego, vendas, negociações, relacionamentos interpessoais, participações em reuniões de trabalho, treinamentos e networking.

Ao longo desse artigo, vou compartilhar dicas que foram retiradas do livro TED TALKS e outras adicionais, para que você possa colocar em prática e desenvolver essa importante soft skill.

DICAS (TED TALKS: O GUIA OFICIAL DO TED PARA FALAR EM PÚBLICO – CHRIS ANDERSON)

Abaixo, compartilho algumas dicas retiradas do livro TED TALKS: O Guia Oficial do TED para falar em público, do autor Chris Anderson, que podem ser aplicadas não apenas para palestras, mas para todas as nossas comunicações. Nesse livro, o autor enfatiza que todos nós podemos desenvolver nossa competência comunicativa:

“Por mais que você não acredite na sua capacidade de falar em público, há medidas que pode tomar para reverter a situação. A facilidade para falar em público não é um dom congênito concedido a alguns felizardos, mas um amplo conjunto de aptidões. Existem centenas de maneiras de dar uma palestra, e todo mundo pode descobrir uma linha correta para si e adquirir as qualificações para realizá-la de forma satisfatória”.

Defina uma linha mestra

A linha mestra é a espinha dorsal do conteúdo que você irá apresentar. Ou seja, todas as partes do que você for comunicar precisam estar conectadas. Para defini-la, de acordo com o autor, é imprescindível conhecer o seu público:

“O primeiro passo é saber o máximo possível sobre a plateia. Quem são essas pessoas? Qual o nível de informação delas? O que esperam? Com o que se importam? Sobre o que outros palestrantes já lhes falaram?”

Um obstáculo para definir a linha mestra costuma ser o tempo. Por isso, pense em algo que possa ser apresentado dentro do tempo disponível. Nesse caso, o menos será mais. Não faz sentido você compartilhar várias possibilidades e deixá-las sem conclusão.

Foque em uma ideia, aprofunde-se nela e estruture os demais pontos da sua fala para que estejam conectados entre si.

Seja autêntico

Seja você mesmo! Não tente falar como um acadêmico se você é um artista ou vice-versa! Talvez você não seja o melhor orador, mas pode cativar a plateia ou o seu público-alvo por meio da conversa.

Invista no conteúdo

Invista no conteúdo, não no estilo. O importante é comunicar algo que realmente contribua com as pessoas. Não precisa ser algo complexo, pode ser simples, algo da sua vivência, da sua experiência, mas que gere reflexões, ensinamentos e/ou novas perspectivas sobre um determinado tema.

Adeque sua linguagem ao público-alvo. Para se comunicar bem com o seu público, é preciso usar uma linguagem que ele entenda. Não adianta usar os seus conceitos, pois eles podem não ser familiares para ele. Afinal, como Chris ressalta no livro:

” (…) a linguagem só produz sua magia quando partilhada entre falante e ouvinte.”

Evite adotar na sua comunicação os estilos relacionados abaixo

Conversa de Vendedor – Aquele estilo de comunicação no qual a pessoa se promove e fala apenas sobre seus serviços, produtos ou seu próprio desempenho.

Divagações – O tempo da plateia é valioso. Portanto, é importante não divagar e se preparar para a apresentação. Ficar divagando é um desrespeito com o público ou interlocutor.

Tédio organizacional – Foque na ideia que deseja compartilhar e não em falar sobre como sua empresa é maravilhosa. Mesmo que ela seja, o objetivo é compartilhar algo que possa ser aplicado em outras estruturas organizacionais, em outras realidades.

Desempenho motivador – Não tente manipular a plateia. A inspiração e a motivação devem resultar de uma fala genuína, não de truques aplicados em busca de reconhecimento.

DICAS ADICIONAIS

Abaixo, compartilho algumas dicas adicionais para que você possa aplicá-las com o objetivo de melhorar ainda mais sua comunicação.

Pratique a escuta ativa

Esteja atento ao que o seu interlocutor está dizendo e como ele está reagindo. Tente entender o que é importante para ele, ao invés de ficar pensando em como você vai responder ou o que vai perguntar na sequência.

Identifique os vieses que se manifestam em sua comunicação

No blog da SAE BRASIL, os vieses inconscientes foram definidos como:

“Esse mecanismo, desenvolvido ao longo de nossa evolução biológica, recebeu de nossa cultura muitos conceitos altamente preconceituosos que foram disseminados em nossa sociedade a partir da perspectiva de povos dominadores.

“Com o passar dos anos, essa perspectiva discriminatória e eugenista foi replicada de forma consciente e inconsciente, por já estarem presentes nos modelos mentais das diferentes gerações que foram se seguindo. Hoje, temos um grande desafio de identificar estes preconceitos que, por serem vivenciados e propagados por tanto tempo de forma inconsciente, se tornaram verdades, impactaram nossa realidade e por isso, precisam de muito empenho para serem percebidos e desconstruídos.”

“Com essa nova percepção e conhecimento, temos a oportunidade de trazer muitos destes vieses para a luz da consciência e remodelar nossos padrões de comportamento, armazenando no inconsciente um modelo mental mais inclusivo e de mais respeito às diferenças. Os modelos mentais preconceituosos prejudicam as relações, impedem a equidade de oportunidades, atrasam o nosso desenvolvimento social, limitam a capacidade de evolução e inovação da nossa sociedade.”

Para identificar os vieses inconscientes, primeiramente é necessário saber o que são e que eles existem.

Em um segundo momento, sugiro que busque vídeos, artigos e acompanhe profissionais que trabalham com diversidade e inclusão para aprender mais sobre o tema.

A partir daí, procure fazer autoanálises sobre suas decisões, comentários, julgamentos e falas. Tente identificar quais vieses estão por trás deles.

Assim que identificar os vieses, comece a contrapô-los, a se reeducar e a olhar com uma nova perspectiva. Claro que não é fácil, mas é uma construção. O motor que nos impulsiona para a mudança é a vontade de fazer diferente.

Entenda como cada canal de comunicação funciona e adapte seu estilo de acordo com o meio

Entender como cada canal de comunicação funciona e adaptar seu estilo de acordo com o meio é essencial para uma comunicação eficaz.

A forma como você se comunica por e-mail é diferente da maneira como irá comunicar-se pelo WhatsApp, por exemplo. No e-mail, você tem mais tempo para pensar e organizar suas ideias, enquanto no WhatsApp a comunicação é mais informal e rápida. Na reunião da empresa, você precisa ser mais objetivo e direto, enquanto no happy hour você pode ser mais descontraído e informal.

Entenda o que cada ambiente ou canal de comunicação requer e saiba se adaptar. Isso com certeza contribuirá para a melhora da sua comunicação.

Estude sobre comunicação não violenta e empatia e coloque em prática!

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA

O Instituto CNV Brasil define a Comunicação Não-Violenta conforme abaixo:

“A Comunicação Não-Violenta é uma prática que propõe uma nova forma de se relacionar e que apresenta ferramentas úteis para superar os desafios que aparecem nas nossas relações que são causados pela forma que nos comunicamos, ou até mesmo pelo que deixamos de falar por medo do conflito.”

“Mas a CNV vai muito além de uma forma de linguagem ou de um jeito “certo” de falar. A Comunicação Não-Violenta vai te levar a enxergar a sua relação consigo mesmo e com os outros de maneira mais consciente e empática, com práticas que podem ser simples e ao mesmo tempo revolucionárias.”

Em um artigo anterior, expliquei um pouco sobre a CNV e os seus 4 passos. Para saber mais, clique aqui.

EMPATIA

A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender seus sentimentos e pontos de vista. Segundo o autor Daniel Goleman, a empatia pode ser dividida em três tipos, veja como esses tipos foram detalhados no blog da PUCRS:

“Empatia Cognitiva: ou seja, a habilidade de entender o ponto de vista da outra pessoa.”

“Empatia Emocional: isto é, a habilidade de sentir o que o outro sente.”

“Preocupação Empática: a capacidade de sentir o que o outro precisa.”

Como praticar a empatia?

A empatia pode ser praticada através de ações como:

  • Ouvir atentamente a outra pessoa, sem julgamentos.
  • Ser solidário e oferecer apoio.
  • Compreender que cada pessoa é única, com experiências, repertórios emocionais e valores diferentes.
  • Ser sensível ao sofrimento alheio.
  • Ser curioso e aberto a compreender outras perspectivas e pontos de vista.

Em sua coluna na Revista VocêS/A, Breno Paquelet complementou sobre a importância da empatia para uma discussão produtiva:

“Quando se sentem ouvidas e compreendidas, as pessoas se tornam muito mais dispostas a também ouvir e entender. Em alguns momentos, podem até mudar de opinião. Quando sentem que o outro lado está fechado, passam a defender de forma rígida a validade de seus argumentos, gerando impasses.”

Após ler essas dicas, você já identificou o que precisa melhorar na sua comunicação? Se não, veja o tópico a seguir.

Identifique o que precisa melhorar na sua comunicação

Primeiro, identifique os pontos que você precisa melhorar na sua comunicação. Faça uma autoanálise ou solicite feedback de pessoas da sua confiança. Por exemplo, reflita se você precisa melhorar sua dicção, o tom da sua voz, expandir seu vocabulário, diminuir o nervosismo e ansiedade ao falar em público, melhorar sua comunicação não-verbal ou comunicar-se de forma menos agressiva.

Uma vez que você identificou os pontos que precisa melhorar, escolha um para focar. Avalie em que nível ele está hoje e como você deseja que ele fique, ou seja, qual o resultado esperado.

Depois de escolher um ponto para focar, defina um plano de ação. O que você fará para melhorar esse ponto? Quais são as etapas que você precisa seguir?

Com um plano de ação em mãos, é hora de começar a praticar.

Para contribuir com o seu plano de ação, compartilho, a seguir, algumas atividades que podem favorecer o desenvolvimento da competência comunicativa:

  • Leituras variadas: Leia sobre diversos assuntos. Isso ajudará a expandir seu vocabulário e conhecimento, e também a melhorar sua capacidade de se expressar.
  • Escrita: Escreva regularmente. Isso ajudará a melhorar sua clareza, precisão e objetividade na comunicação.
  • Escuta ativa: Pratique a escuta ativa. Isso ajudará a melhorar sua compreensão e empatia.
  • Estudos sobre CNV, empatia ou sobre como melhorar sua comunicação de forma geral: Existem muitos recursos disponíveis para aprender sobre comunicação. Leia livros, artigos, assista a vídeos ou faça cursos.
  • Fonoaudiologia: Se você tiver problemas de dicção ou de voz, pode procurar um fonoaudiólogo.
  • Cursos: Existem cursos específicos para melhorar a comunicação, como oratória, comunicação não-violenta, empatia e teatro.
  • Participação em um clube de oratória: Os clubes de oratória oferecem oportunidades para praticar a fala em público.
  • Se expor mais: Se exponha mais, fazendo apresentações no trabalho, em algum grupo que faça parte, para seus amigos ou família.
  • Gravar vídeos/áudios simulando apresentações e fazer autoanálise ou solicitar feedbacks sobre o que pode fazer para melhorar: Gravar vídeos ou áudios de si mesmo pode ser uma maneira útil de identificar áreas que precisam de melhorias.
  • Acompanhar Canais do Youtube/Podcasts que tratam sobre comunicação/oratória: Existem muitos canais do Youtube e podcasts que oferecem dicas e informações sobre comunicação.
  • Mentoria com algum profissional que considera referência nessa área: Uma mentoria pode ser uma maneira de aprender com a experiência de alguém que já se especializou em comunicação.
  • Praticar, praticar e praticar: A melhor maneira de melhorar sua comunicação é praticar regularmente.

✨Espero que esse artigo tenha contribuído para você entender a importância da competência comunicativa tanto para sua carreira quanto para os relacionamentos interpessoais. Além disso, espero que as dicas compartilhadas aqui contribuam para que você potencialize ainda mais essa importante soft skill.

🗨 Me conte: qual é a sua dica para melhorar a comunicação?

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FONTES CONSULTADAS PARA A PRODUÇÃO DESSE ARTIGO:

📚 Livro: TED TALKS: o guia oficial do TED para falar em público, do autor Chris Anderson.

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